quarta-feira, 26 de outubro de 2011

(In)constâncias


Tenho momentos em que me apetecia ser aquilo que não sou, ter aquilo que não tenho.

Momentos em que sonho com o que posso alcançar. Vôos em vão, que me impedem de dormir, de descansar, de trabalhar e que, no fim de contas, apenas trazem frustração, desilusão e sentimento de impotência perante a dura realidade.

Quero ter asas nos pés e, de repente, elas nascem. Mas o problema é que quando começo a batê-las percebo que tudo não passou de mera ilusão de uma cabeça fantasiosa e que, afinal de contas, o que me estava a nascer eram amarras ainda mais fortes do que as anteriores. 


Preso, fico preso! Preso a uma dor que não passa, preso a um entorpecimento que não larga, preso numa redoma invisível que não quebra!


Tento, em vão, libertar-me! 


Não posso, não consigo! 


Adivinha-se mais uma noite de terrível luta contra o sono que não chega e que devia chegar, contra os sonhos que aprecem e não deviam aparecer...

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