domingo, 30 de janeiro de 2011

Domingo ao fim da tarde...


Domingo ao fim da tarde.
Acendo a lareira. Não queria pegar, mas a custo, o fogo e a teimosia vingaram acabando por dar um colorido diferente a este final de dia.
A música que me acompanha é do grande J. S. Bach, concretamente a Paixão de S. Mateus. Uma composição sublime que em alguns momentos chega a ser divinal...
Pego num artigo para a tese, leio, sublinho. risco, corto, escrevo, penso... Dura a Teologia, profundo o pensamento de quem escreve, árduo o trabalho de quem interpreta...
Uma bebida a acompanhar fresca para contrastar com o calor que vem da lareira...
O gato brinca e eu trabalho, paradoxo que se complementa.
Que belo fim de tarde. Que bom é viver que maravilha é poder estar aqui e escrever...




sábado, 29 de janeiro de 2011

Despeço-me com um até já...


Olá Pai!
Estas são as últimas palavras que te dirijo enquanto estás entre nós.
Tiveste, como todos sabemos, uma vida dura, pautada pelo trabalho árduo do campo para assim conseguires que os teus filhos tivessem pão na mesa.
Os valores, contudo, sempre foram para ti uma prioridade: a verdade, a humildade, a amizade, o amor...
Construíste a tua casa ao lado de uma grande mulher, e, juntos, destes muito amor e a melhor vida possível aos filhos, netos e bisnetos.
Dizia o escritor transmontano, Miguel Torga: "para um transmontano mais vale quebrar que torcer". E assim tu eras. Firme, decidido, apaixonado, mas conseguindo ser, ao mesmo tempo, meigo, delicado e carinhoso.
És sem duvida um exemplo.
Este é um momento de grande dor e de grande consternação, afinal de contas, tu morreste. Deixas de estar fisicamente connosco, aqui presente para tocar e abraçar, para rir e cantar.
Tudo isso abala a nossa fé, mexe com as nossas emoções, mas na certeza dessa mesma fé eu sei que tu não morreste, eu sei que hoje mesmo estarás com a tua mulher no céu.
Eu sei e tenho a certeza que a partir de agora teremos não um mas dois grandes anjos a olharem e a velarem por nós. Já não estávamos sós, agora estamos sempre muito mais acompanhados.
A morte não é o fim e tu não foste derrotado, nem tão-pouco nós te perdemos, apenas estás e te temos de uma forma diferente...
Até sempre...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cinzelador de Palavras


Porquê a escolha deste nome para um blog? Essa deve ser a pergunta de quem aqui chega.
A minha tentativa de resposta é que a exemplo de um escultor, um (pretenso) escritor, lima as arestas, molda a grande pedra, retira aquilo que não importa, as palavras que estão a mais, dá forma àquilo que quer transmitir... Mas sempre consciente de que aquilo que sai, não é nem de longe nem de perto perfeito, não é de todos, aquilo que ele queria ou gostaria que saísse...
É isso que vou tentar fazer neste espaço, daí ter escolhido este nome para definir esta minha nova aventura no mundo dos blogs.
Espero que visitem, que gostem, que fiquem e que divulguem...
Até já...