quarta-feira, 26 de outubro de 2011

(In)constâncias


Tenho momentos em que me apetecia ser aquilo que não sou, ter aquilo que não tenho.

Momentos em que sonho com o que posso alcançar. Vôos em vão, que me impedem de dormir, de descansar, de trabalhar e que, no fim de contas, apenas trazem frustração, desilusão e sentimento de impotência perante a dura realidade.

Quero ter asas nos pés e, de repente, elas nascem. Mas o problema é que quando começo a batê-las percebo que tudo não passou de mera ilusão de uma cabeça fantasiosa e que, afinal de contas, o que me estava a nascer eram amarras ainda mais fortes do que as anteriores. 


Preso, fico preso! Preso a uma dor que não passa, preso a um entorpecimento que não larga, preso numa redoma invisível que não quebra!


Tento, em vão, libertar-me! 


Não posso, não consigo! 


Adivinha-se mais uma noite de terrível luta contra o sono que não chega e que devia chegar, contra os sonhos que aprecem e não deviam aparecer...

domingo, 23 de outubro de 2011

Esquecimento


Estava hoje de volta de uma frase para uma ocasião especial (não pelos melhores motivos, mas que nem por isso deixa de ser especial), quando me saiu esta frase:

"Não é a morte que traz o esquecimento, mas o esquecimento que mata as pessoas. Nunca sereis esquecidos e por isso estareis para sempre vivos nos nossos corações."

Pondo-me depois a refletir sobre o que tinha escrito percebi a importância e o alcance dessas mesmas palavras.
Efetivamente, não é a morte que dita o esquecimento das pessoas. Não é quando as pessoas morrem que deixam de existir, as pessoas apenas deixam de existir quando nós nos esquecemos delas, quando ninguém as sente, as relembra, as evoca. É por isso que existem pessoas imortais, pessoas que não sucumbem ao peso do tempo, que o vento não leva os seus nomes, pessoas geniais.
E o génio das pessoas pode-se manifestar das mais diversas maneiras: pelos seus escritos, pelas suas palavras, pelas suas ações, pelas suas atitudes, pelo seu amor, pela capacidade de amar ou de sofrer, pela entrega, pela arte,pela música, pelo trabalho, por tanto mais...
Não sejamos, por isso, medianos, fomos criados e feitos para a genialidade! Não tenhamos medo de ser geniais e de nos perpetuarmos pelo tempo...